Projeto institui coleta de lixo reciclável dentro de escolas municipais

| Notícias | 0 comentários

Nessa sexta-feira (28), o GT Sustentabilidade do Nossa BH se reuniu com a secretária municipal de educação de Belo Horizonte, Macaé Evaristo, para discutir sobre o projeto de lei nº 998 (PL 998/2010), que trata do programa de reciclagem participativa nas escolas.

O PL 998 tramita na Câmara Municipal desde março de 2010 e já foi aprovado em 1º turno. De acordo com o texto do projeto, as escolas municipais de Belo Horizonte (ao todo 186 instituições) poderão ser pontos de coleta de material reciclável – os moradores dos bairros próximos às escolas devem separar o lixo em casa e levar para os pontos de coleta, dentro das escolas, o que pode ser reciclado ou reaproveitado.

O Movimento Nossa BH entende que as escolas municipais não estão equipadas para tal fim e nem dispõem de espaço físico para acolher o volume de lixo produzido pelos moradores das redondezas. Além disso, a administração dos resíduos requer conhecimentos e ferramentas específicas, o que não existe atualmente nas escolas públicas da cidade. Para evitar que o projeto seja votado e aprovado antes de ser discutido com alunos, professores, pais, ambientalistas e gestores, o Nossa BH está se reunindo com o poder público e especialistas no tema para buscar mais informações sobre um eficaz programa de reciclagem participativa e sobre o consenso para o assunto. Em breve, deverá acontecer na Câmara Municipal uma audiência pública sobre o tema, o que foi solicitado em janeiro pelo Nossa BH à Comissão de Meio Ambiente da Casa. O Movimento também pretende se reunir com colegiados escolares, diretores e professores.

Para Macaé Evaristo, as escolas até podem fazer a gestão do seu próprio resíduo e ainda buscar ferramentas no orçamento do município para possibilitar a administração de logística e acolhimento do lixo. Mas para se operacionalizar um programa municipal de coleta seletiva dentro das escolas é necessário capacitação dos funcionários, adequação de locais de armazenamento e até contratação de pessoal para ajudar na logística da gestão do resíduo, o que não acontecerá, certamente, em curto prazo. E curto é o tempo que temos para se chegar a um consenso sobre o que é melhor para os alunos das escolas municipais que serão envolvidos nesse projeto de lei e ainda manter o foco na sustentabilidade nas cidades.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.