De 30 de outubro a 6 de novembros aconteceu a Semana do Clima no Rio de Janeiro, evento organizado pela Delegação da União Europeia no Brasil, WWF-Brasil e Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro (Prefeitura do Rio de Janeiro), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, os Estados-Membros da UE no Brasil e suas instituições culturais.
Durante oito dias, 20 organizações do Brasil e da Europa expuseram boas práticas reproduzíveis pelo cidadão individual, por comunidades, pela sociedade civil, pela administração pública, pelas empresas e por grupos artísticos. O objetivo do evento foi contribuir para conter ou mitigar as mudanças climáticas, apresentando soluções e discussões nas seguintes frentes: água, energia, resíduos sólidos, uso da terra e agricultura, urbanismo e mobilidade urbana, segurança e clima.
O Brasil foi um dos três países escolhidos para sediar o evento algumas semanas antes da Cúpula do Clima, que acontecerá em Paris e o lema para a semana era “Somos todos responsáveis”, ou seja, todos temos responsabilidade nos desafios das mudanças climáticas e condições para atuar a fim de minimizar os graves problemas que estamos enfrentando.
Na tarde de 3 de novembro, o Movimento Nossa BH participou do evento como debatedor junto à Rede Nossa São Paulo, o Rio Como Vamos, e o Observatório do Recife, outros três movimentos integrantes, como nós, da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis.
A Rede Nossa São Paulo apresentou o Programa Cidades Sustentáveis, uma agenda para a sustentabilidade elaborada com o objetivo de comprometer gestores públicos com uma nova forma de desenvolvimento. O programa foi agora adaptado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, iniciativa da ONU que substitui os Objetivos do Milênio.
Já o Rio Como Vamos falou sobre sua experiência na área de mobilidade urbana, onde o grupo desenvolveu um projeto a fim de subsidiar informações para o Plano Municipal de Mobilidade Urbana da cidade, projeto esse que resultou na elaboração de uma proposta de Indicadores de Qualidade do Serviço do Transporte Público.
O Movimento Nossa BH discorreu sobre duas experiências significativas do ponto de vista da incidência em políticas públicas no município. A participação no Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência de BH, do qual somos membros e onde colaboramos na elaboração e revisão do planejamento da agenda de mudanças climáticas do município, e a incidência no debate sobre mobilidade urbana por meio do Observatório de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte, o ObsMob, do qual fomos impulsores de seu relançamento e somos “observadores”.
O Observatório do Recife falou do momento atual, de dificuldades de incidência junto à prefeitura local, que vem se mostrando fechada ao diálogo, principalmente na pauta da mobilidade e de como o GT Mobilidade do movimento vem se organizando para seguir lutando pela extensão da malha cicloviária sem prejuízo ao patrimônio ambiental da cidade.
As experiências são de extrema importância para o enfrentamento do desafio das mudanças climáticas e o ponto chave desse diálogo com o poder público é a importância de levantarmos dados e informações confiáveis para subsidiar planos e ações que melhorem a qualidade de vida na cidade e, ao mesmo tempo, minimize os efeitos nocivos da falta de planejamento das décadas anteriores.
