Políticas públicas para uma mobilidade urbana capaz de ser instrumento de realização de direitos, de garantia de acesso à cidade precisam ser democráticas, inclusivas, múltiplas e debatidas com a sociedade.
Mas será que isso é suficiente?
Ao se locomover por um mesmo trajeto, no mesmo horário, dentro do mesmo ônibus, as pessoas têm experiências diferentes daquele momento. Ser mulher em um ônibus lotado não é o mesmo que ser um homem. Ter medo de estar no ponto de ônibus, ser assediada no deslocamento a pé e de bicicleta, dentro do transporte público; estas são experiências específicas da realidade das mulheres. E não somente: ser mulher, na cidade, significa também fazer deslocamentos diferentes, para outros lugares. É quase sempre a mulher, afinal, quem se desloca para o cuidado com as crianças, para o supermercado, para cuidar de outros membros da família.
O planejamento de políticas para a mobilidade urbana precisa ser capaz de olhar para a realidade através da lente do gênero: isso significa pensar políticas públicas capazes de acolher estas diferenças, e capazes de garantir às mulheres igualdade no acesso à cidade. Não é porque nós mulheres estamos no espaço público que nosso corpo, nossa existência, são públicos.
Vamos construir uma cidade mais inclusiva, segura e justa para as mulheres?
Vem para o Mês da Mobilidade repensar nossa cidade! Vai ser durante TODO o mês de setembro! Participe!
#MêsDaMobilidade2018
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