Hoje, dia 1 de março de 2016, celebraremos o dia do catador com o vídeo “Reciclaje Justo” (Reciclagem justa, em português e com tradução livre).
No vídeo, em espanhol, se explica como milhões de pessoas mundo afora ganham suas vidas coletando, classificando e vendendo o que o resto da população não quis mais. Estes catadores informais, integrantes de uma economia informal, realizam um grande serviço às suas cidades, mas são descriminados, maltratados e marginalizados.
Com exemplos de várias lutas e vitórias, do Cairo (Egito), Pune (Índia), Belo Horizonte (Brasil) e Bogotá (Colômbia), o vídeo mostra como os catadores fazem com que suas – e nossas – cidades sejam mais bonitas e, principalmente, saudáveis. A reciclagem, além dos impactos sociais, proporciona aos catadores, no limite, o mínimo de recursos financeiros para sustentarem suas famílias.
A reciclagem, além de tudo, reduz as emissões de gases de efeito estufa e protege nossos recursos naturais (matérias primas). Graças ao esforço dos catadores, muitas cidades de países em desenvolvimento têm taxas de reciclagem superiores a de cidades industrializadas – em países ditos desenvolvidos.
Além disso tudo, incluir e integrar os catadores nas políticas municipais de resíduos sólidos pode contribuir para que as administrações públicas municipais economizem recursos. Ainda que os catadores recebam um salário justo pelo serviço que fazem, os custos com transporte e os encargos sanitários diminuirão, pelo fato dos catadores realizarem os processos da reciclagem com custos inferiores ao das empresas (que visam o lucro financeiro sobre estes processos).
Muitas cidades se deram conta dos benefícios que se tem com a integração dos catadores às políticas municipais de gestão de resíduos. Frequentemente, são os catadores que conduzem as gestões municipais a esta compreensão, primeiramente com sua organização e depois pelo reconhecimento do trabalho bem feito.
Mais informações e documentos sobre o vídeo podem ser encontrados no site da WIEGO.
A tradução do texto foi feita pelo Fórum Municipal Lixo e Cidadania de BH. Texto original.