Como seria a cidade onde nós desejamos viver? Apostamos que nela existiria mais qualidade de vida: ar puro, clima ameno, paisagens mais coloridas de verde do que de cinza.
Deslocar-se nessa cidade não deveria doer, não deveria nos cansar, não deveria custar mais do que podemos pagar. Ir de um ponto ao outro deveria ser mais simples, mais prazeroso, mais saudável. Sair de casa, na cidade dos sonhos, seria um belo convite, ao invés de um fardo pesado.
Para isso — e apesar de estarmos no momento em que a democracia brasileira traz à tona diferentes projetos e visões para a cidade, a falta de transparência e a perda de direitos — estamos dispostas e dispostos a levar adiante esse projeto que pretende dar luz à importância de coletivos e movimentos sociais se apropriarem e qualificarem sobre os processos ligados ao uso dos recursos públicos – na figura do orçamento municipal – como linha de base para promoção da mobilidade urbana e efetivação do nosso direito à cidade.
O Projeto Orçamento e Direito à Cidade se insere, então, em Belo Horizonte em um contexto de finalização de diversas obras rodoviaristas, de um incremento no número de carros circulando na cidade, de uma redução sistemática na circulação de ônibus e aumento dos preços de suas tarifas. Ao mesmo tempo, observa-se um fortalecimento dos movimentos e organizações que pautam a mobilidade urbana e a ocupação de diversos espaços institucionais por parte desses movimentos.
O objetivo geral dele é contribuir para a implementação de políticas públicas transparentes e efetivas nas cidades brasileiras, aumentando as capacidades de organizações da sociedade civil de Belo Horizonte — por meio da metodologia Orçamento e Direitos com foco na transparência — a realizar ações que promovam o combate à corrupção e a melhoria da mobilidade urbana.